Justiça – palavra dúbia,
flexível, dependente, inigualável, injusta.
Deparo-me constantemente com a
necessidade de justiça em vários temas e situações da vida real, aquela que
todos vivemos à procura de algo melhor e do alcance de um bem maior.
Deparo-me com isso e,
infelizmente, fico triste com o que encontro. O aperto no peito causado pela
injustiça depende de pessoa para pessoa também, claro. Mas a essência de cada
um, quando a maldade é o que vem ao de cima, é algo que me atormenta.
As pessoas são seres humanos,
independentemente da forma como as vejamos.
As pessoas merecem ser tratadas
com respeito, justiça, olhos nos olhos, verdade, crítica, explicações,
palavras, gestos e diferença.
As pessoas não merecem a
indiferença, seja em que situação for!
Ressinto-me com pouco… mas a
injustiça que vejo e sinto à minha volta fica guardada num canto qualquer do
meu estômago que não me deixa descansar. Por que motivo é que tem que ser
assim? Por que razão é que temos que achar que somos melhores que A ou B e que
A ou B não merecem o nosso respeito e justificações por acções nossas, como C
ou D merecem?
A injustiça traz discórdia,
descontentamento, desmotivação, incapacidade de se focar no que é importante e
essencial, impossibilidade de ser feliz.
Numa sociedade em que tantos se
dizem boas pessoas, sem mau sentido nos seus gestos, com capacidade de dar mais
ao mundo e torná-lo num sítio melhor eu pergunto-me: onde raio é que tantas
boas pessoas meteram as suas boas intenções? Diz-se que “de boas intenções está o inferno cheio”… e que grande verdade!! De
que servem as boas intenções se as guardamos para nós? De que servem as boas
intenções se não as praticamos no dia-a-dia e não as fazemos parte da vida
daqueles que nos rodeiam e são próximos e importantes? De que servem então?
Poder-se-ia encontrar uma espécie
de refúgio para estas acções em algo chamado cobardia. Será isso? Será que
somos tão cobardes ao ponto de não sabermos que aquilo que fazemos tem impacto
na vida daqueles que de nós dependem, duma forma ou de outra?
Bem sei que a injustiça é um
conceito com o qual é difícil de conviver… então por que é que tantas boas
pessoas que existem por esse mundo fora não se esforçam para retirar um “in” da
palavra e viverem com mais justiça?
Somos pequeninos se pensamos que
a justiça só se vê nos tribunais, nos concursos, na democracia… somos mesmo
pequeninos se assim pensarmos! A justiça vê-se em tudo que fazemos! No nosso
dia-a-dia, nas nossas acções, palavras e gestos; nas nossas decisões e
escolhas; na nossa forma de viver!
Poderá parecer que aconteceu algo
recentemente na minha vida que considero injusto… na verdade não é isso! Têm é
acontecido muitas injustiças na vida de algumas pessoas que me são queridas, de
quem gosto mesmo muito e que são mesmo muito importantes para mim!
Que injustiça!
Abraços,
Gaivota em construção para um mundo melhor...
Pois é, eu acho que uma das nossas maiores dificuldades enquanto humanos é reconhecermos os nossos erros e as nossas injustiças para com os outros, porque a autoanálise, como disseste no outro post, pode ser muito dura. E, como é mais fácil encontrarmos erros nos outros, esquecemos de nos criticarmos a nós próprios, de reconhecermos e admitirmos que nem sempre somos as boas pessoas que julgamos ser! É sempre bom lembrar, Catarinazinha... obrigada.
ResponderEliminarPor outro lado, há a justiça. Presente em pequenas coisas, em grandes pessoas como tu. Obrigado pela inspiração.
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