terça-feira, 23 de junho de 2015

Voar... lado a lado!



Cada ser tem a sua própria vontade, algo que o faz mexer, mover, andar para a frente, para os lados, para trás, para onde for! E cada ser tem também a sua própria forma de voar… de se transcender, de dar o salto, de ir mais além, de procurar o que nunca encontrou mas que sabe que existe!

Às vezes há seres que se cruzam no processo de se moverem de um lado para outro… e esses seres são, muitas vezes, capazes de trilhar um caminho em conjunto, de harmonia e concordância.

Mas há também vezes em que seres se cruzam nos seus voos, quando andam em busca de algo diferente, algo que “faz falta” para completar o todo… a peça do puzzle que ainda não encaixou e que ainda faz comichão só de pensar na falta da mesma.

Quem se encontra nestes voos e permanece lado a lado conhece uma felicidade única, perene, sem igual… consegue alcançar um nível de comunhão e união que é forte e flexível como as mais complexas formas de vida do universo…

Voar lado a lado é algo que sempre procurei, sempre quis, com que sempre me identifiquei.

Muitas foram as vezes que achei esta ideia “minha” um bocado utópica… nem todos voamos ao mesmo tempo e nem todos procuramos nos mesmos horizontes… cheguei a questionar-me se um dia conseguiria cruzar-me no voo de quem estivesse disposto a voar, e a caminhar comigo, da forma que eu preciso… ao fim e ao cabo, é difícil conseguir ser a peça que falta no mundo de alguém e, ao mesmo tempo, esse alguém ser a peça que falta no meu.

Sei bem da dificuldade por detrás desta demanda e, por isso mesmo, houve momentos em que achei que tinha que me conformar… Felizmente esses momentos nunca duraram muito e consegui sempre trazer ao de cima esta necessidade da procura e da busca por “aquilo”, “aquele ser”, que fazia falta no meu mundo.

Neste processo todo encontrei o meu ser, aquele que voa lado a lado comigo, e que o quer fazer! Aquele que voa e caminha e preenche todo o espaço por preencher! Aquele que amo e que me ama… o tal!

Cheguei a ter medo que esta minha ânsia de voar me confinasse a uma vida um pouco solitária, embora feliz. Mesmo com medo, achei que não devia desistir… e ainda bem que esta minha vontade, de me mover e de voar, nunca desapareceu e manteve sempre uma chama de esperança acesa… “eu sabia” que não era só nos filmes! Há sentimentos que não se explicam… e há voos que só fazem sentido quando são feitos lado a lado!




Catarinazinha Gaivota.

PS – quem voa comigo é uma Garça, a minha Garça! “Seres voantes” diferentes, que se completam!

PS 2 – não devemos desistir daquilo que o nosso coração nos diz que é o correto… acho que o caminho (e o voo) é mesmo por aí!