terça-feira, 27 de agosto de 2013

O Caminho!

Tudo começou muito devagarinho e tímido... ao princípio estávamos todos um pouco a medo e à espera do que podia vir aí.

O tempo foi avançando e os desafios colocados foram aceites, embora sempre com alguma reticência.

Acreditei sempre que era possível... não quero parecer a "velha chata", mas também já tinha passado por isso! E sabia que valia a pena!

Ser espicaçado não acontece a todos (infelizmente!) e quando acontece é preciso que se aproveite! Fui espicaçada quando estava "desse lado" e por isso compreendo o quão importante isso é, principalmente para um Caminheiro.

Ser dirigente do CNE tem-me trazido muitos e variados sentimentos... alguns muito bons, outros nem por isso... mas tem-me feito viver coisas únicas e que reconheço serem uma dádiva para quem a quer olhar e receber. Já lá vão quase 4 anos desde que fiz a minha promessa de dirigente e confesso que nunca me senti tão preenchida neste "papel" como hoje.

Ser Chefe de Clã é maravilhoso! Não tenho palavras que possam explicar isto que vai cá dentro, mais uma vez! Há coisas que se vivem na IV Secção que não se vivem mesmo em mais lado nenhum, e quem vive o que lhe é proposto enquanto Caminheiro compreende bem o que quero dizer.

São exploradas áreas de nós mesmos que desconhecíamos por completo, ou por medo, ou por ignorância. São-nos postos desafios à frente que nunca sequer imaginámos. Temos "loucos" ao nosso lado que nos motivam e mostram que há sempre um caminho para retirar os "im's" dos "impossíveis".

Confesso que também tive momentos de fraqueza, em que sentia que já tinha poucas forças para continuar a puxar o barco, mas foi também nesses momentos que percebi o quão importante é o papel do "irmão mais velho", em especial quando se trabalha com jovens adultos que se deparam com um novo mundo todos os dias.

Tivemos (e aqui acho que também falo pelos meus Caminheiros) a sorte de ser dos poucos que conseguem manter a chama acesa. Chamo-lhe "sorte" mas no fundo acredito que é bem mais do que isso... mantivemo-nos unidos neste caminho porque tinha que ser assim :)

Chegado o final do ano escutista para o meu Clã (um bocadinho mais tarde do que o habitual), confesso que consigo perceber em mim todo o crescimento que fomos vivendo ao longo do ano, sem darmos por isso.

Quando no início deste texto escrevia que tudo começou muito devagarinho referia-me precisamente a isso, ao início do ano escutista. Em Outubro de 2012 tinha Caminheiros com mais medos, menos confiantes, com horizontes mais cerrados. Estes mesmos Caminheiros deixaram-se espicaçar durante o ano e mantiveram o seu compromisso de Caminhada para com eles mesmos e para comigo. O maior desafio, que poucos deles acreditavam ser possível, chegou no dia 18 de Agosto.

O Clã nunca imaginaria, no início deste ano escutista, que conseguiria fazer o Caminho de Santiago. O que é certo é que conseguiram/conseguimos, e no dia 23 de Agosto, com um GRANDE sorriso no rosto, chegámos mais longe do que algum deles tinha conseguido imaginar poucos meses antes :)

Sabem o que mudou? Houve alguém que acreditou e que conseguiu mostrar que é possível!

Às vezes só precisamos mesmo disso, não é? Que haja alguém que nos mostre um caminho e que nos diga que somos capazes... não é isso que nos dá força propriamente dita, mas é isso que faz a diferença! A felicidade partilhada em Clã tem um valor inigualável!

Obrigada B.P. por um dia teres idealizado esta Fraternidade Mundial do Ar Livre e do Serviço!
Obrigada por me dares uma família maior e com laços TÃO fortes a cada momento que passa!
Obrigada por me dares os melhores Caminheiros do mundo, pelo menos os do meu mundo! :)
Obrigada pela força, pelas dificuldades e pela capacidade de ver o outro lado das coisas.

Obrigada, a todos! :)



Abracinho apertado da
Gaivota.

PS - Adoro-vos, meu Clã! :)

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